Jubileu Sul Brasil: Brincando na chuva de veneno, o documentário

Pulverização de agrotóxicos sobre escola segue impune há cinco anos

Por Emilly Dulce, do Brasil de Fato

Foto de Gwata

Passados mais de cinco anos, a contaminação de cerca de 92 pessoas pelo agrotóxico Engeo Pleno, da multinacional suíça Syngenta, segue impune.

No dia 3 de maio de 2013, uma aeronave da empresa Aerotex Aviação Agrícola sobrevoou a Escola Municipal Rural São José do Pontal, localizada no Projeto Assentamento Pontal dos Buritis, no município de Rio Verde, em Goiás, para pulverizar uma plantação de milho e soja, mas acabou atingindo estudantes, professores e funcionários da instituição que estavam na área externa do prédio, em horário de recreio.

A região goiana é de predominância dos interesses do agronegócio, já que a monocultura comanda a economia do município e do estado. Por isso, o contato com agrotóxicos na região é constante e a população recebe doses regulares de veneno pela água, pelo solo e pelo ar, como informa a jornalista Dagmar Talga, que é diretora do documentário Brincando na Chuva de Veneno: Cinco Anos Depois.

“Á água está contaminada e a incidência de câncer na região é muita alta, uma das maiores do estado. É uma coisa grave de saúde pública, que não se tem notícia do que vai acontecer e as pessoas continuam e estão doentes”, afirma.

O filme é uma continuidade da primeira produção de Talga sobre o caso de Rio Verde: Pontal do Buriti – Brincando na Chuva de Veneno. Os documentários contam com depoimentos das famílias atingidas pela pulverização aérea, especialmente as crianças, que receberam a dose mais elevada, porque, no momento, estavam brincando em um pátio aberto quando foram banhadas pelo veneno.

Os atingidos pelo inseticida sentiram dores de cabeça, náusea seguida de vômitos, irritação cutânea, tontura, formigamento dos membros, falta de ar e desmaios, motivando clima de pânico e desespero entre professores, alunos e funcionários da escola.

A situação foi tão grave que muitos dos atingidos tiveram que ser hospitalizados.

Hugo Alves dos Santos era o diretor da escola na época e sentiu na pele as consequências da pulverização irregular. Santos conta que, até hoje, ele e as crianças sentem os efeitos da intoxicação, que vai de coceira, irritação e boca seca até tontura, dor de cabeça e desmaio. Segundo ele, o caso não é isolado na região.

“A maioria do pessoal que vive no campo aqui em Goiás tem problema de intoxicação, com muita dor de cabeça nessa época de tratamento da lavoura com o veneno”, afirma Santos.

A cada ano, o Ministério da Saúde registra mais de seis mil intoxicações agudas por agrotóxicos. A Syngenta é a maior vendedora de agrotóxicos no Brasil, o país que mais utiliza pesticidas no mundo.

Perseguição e compadrios

A impunidade e a predominância do agronegócio dificultam as denúncias com o objetivo de calar as pessoas. Santos, por exemplo, passou recentemente por um processo administrativo por sofrer perseguição política e foi afastado há oito meses da direção da escola, após um desgaste com o prefeito do município, que, segundo ele, tem parcerias com o agronegócio.

“Eu tive problemas com perseguição, ameaça de morte, enfim, eu passei um momento na minha vida muito difícil. E essa questão desse veneno, do agrotóxico no Brasil, mata e destrói famílias e sonhos. E eu ainda falava: no dia que a imprensa nos abandonar, nós vamos entrar no esquecimento”, lembra.

Para Talga, os holofotes da mídia tradicional para certos assuntos se apagam quando seus interesses comerciais são afetados. Ela diz que a grande mídia é casada com o grande poderio das multinacionais, já que muitos dos donos desses veículos de comunicação são latifundiários. “Se não fosse a grande mídia hegemônica, esse processo de agrotóxicos em sementes não iria para frente, mas existe o papel da mídia que reforça o uso indiscriminado de agrotóxicos com o discurso de que vai aumentar a produtividade. Se a gente não democratizar primeiramente a mídia, a gente não vai conseguir democratizar a terra nem o território e nem outros direitos humanos”, pondera Talga.

No Brasil, são comercializados diversos agrotóxicos que já foram proibidos em outros países por serem considerados cancerígenos e mutagênicos, podendo causar, por exemplo, má formação fetal.

Alan Tygel, da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida, diz que esse modelo de produção agrícola ameaça a soberania alimentar brasileira.

“Esse movimento global tem uma nocividade muito grande para o Brasil, tanto em termos de continuar esse processo de deixar o país como a lata de lixo da Europa, ou seja, tudo o que não presta mais lá é vendido aqui, como no processo de fortalecimento dessas empresas e cada vez mais poder delas sobre o estado brasileiro”, analisa.

Tygel indica que o reconhecimento dos impactos dos agrotóxicos é só a ponta do iceberg na luta contra o agronegócio.

“Muitas vezes as pessoas não têm acesso ao sistema de saúde ou ele não consegue identificar aquele sintoma enquanto uma infecção por agrotóxicos, ou pior ainda, muitas vezes próprio sistema de saúde é conivente com fazendeiros, com prefeitos de pequenas cidades, que muitas vezes tem um controle bastante grande e impedem que esses registros de intoxicações sejam feitos”, ressalta.

A Campanha, lançada em 7 de abril de 2011 por mais de 30 organizações sociais, tem denunciado a falta de fiscalização que existe no país em relação a aplicação aérea de agrotóxicos e suas consequências à saúde humana e ao meio ambiente, mas a pressão de deputados ruralistas e do agronegócio dificulta o processo.

Lei do Veneno

O Projeto de Lei 6.299 de 2002, conhecido como PL do Veneno, por exemplo, está em pauta no Congresso Nacional. A proposta quer substituir a legislação vigente e facilitar a produção, importação e registro e comércio de agrotóxicos no Brasil.

Tygel diz que o projeto é uma tentativa de maquiar o potencial tóxico desses produtos e limpar a imagem negativa do agronegócio no país.

De acordo com as investigações, o Engeo Pleno poderia ser aplicado apenas por via terrestre para aquela cultura, devido aos compostos danosos à saúde. Além disso, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) já havia proibido a aplicação aérea do veneno em milharais desde julho de 2012.

Em 2016, o Ministério Público Federal (MPF) de Goiás moveu uma Ação Civil Pública que responsabilizava a Syngenta e a Aerotex por danos morais coletivos e pedia indenização “não inferior a R$ 10 milhões”.

No entanto, em 14 de março deste ano, a Justiça Federal, através do juiz Paulo Augusto Moreira Lima, julgou parcialmente procedente o pedido do MPF e fixou a indenização em R$ 150 mil, 1,5% do valor sugerido. Ainda assim, as empresas entraram com recurso contra o processo.

Brasil de Fato entrou em contato com a Syngenta Proteção de Cultivos Ltda e a Aerotex Aviação Agrícola Ltda, mas ambas não se pronunciaram até a publicação da reportagem.

Assista ao documentário:

Fuente: Jubileu Sul Brasil

Otros Mundos Chiapas: Ante la fusión Bayer-Monsanto, defendemos el derecho de los campesinos y las campesinas a producir de manera agroecológica

Nota informativa de Otros Mundos A.C./Amigos de la Tierra México – A 28 de junio 2018

El pasado 7 de junio, se oficializó la compra de la empresa estadounidense Monsanto, primera comercializadora de semillas a nivel mundial, por la compañía alemana Bayer, segunda en la venta de agrotóxicos.

Esta transacción de cerca de 54.000 millones de euros es solo una de las tres fusiones que están ocurriendo actualmente en el sector agroindustrial. En abril del 2017, fusionaron las dos empresas estadounidenses Dow AgroSciences(cuarta vendedora de agrotóxicos) y Dupont Pioneer (número dos en el mercado de las semillas después de Monsanto). Y en junio 2017, la empresa china ChemChina especializada en agrotóxicos (propietaria de Adama, el mayor proveedor de agrotóxicos genéricos de Europa) compró por 43.000 millones de dólares a Syngenta, líder mundial en la venta de estos venenos.

De tal manera que cinco de los llamados “seis gigantes” del sector agroindustrial (Monsanto, Bayer, Dow AgroSciences, Dupont Pioneer, Syngenta) están concentrando sus fuerzas. El sexto gigante, el alemán BASF (en tercera posición en el mercado mundial de agrotóxicos) es el único que queda fuera de las fusiones, pero sí beneficia de ellas: para que la compra de Monsanto por Bayer fuese aprobada por las autoridades comerciales, Bayer tuvo que vender una parte de sus activos en semillas y agrotóxicos (equivalentes a 1.700 millones de euros) a BASF, que termina siendo aún más “gigante” que anteriormente.

Los ahora cuatro gigantes, controlan 75% del mercado mundial de agrotóxicos; 63% del mercado mundial de semillas comerciales; y más de 75% de toda la investigación privada en el sector de semillas y pesticidas.[1] Es probable que en un futuro cercano, la pelea por el monopolio no se limite al mercado de las semillas y agrotóxicos, sino que abarque también el mercado de la maquinaria agrícola (los tractores, etc.). Este último está dominado actualmente por empresas como Deere&Co o CNH, las cuales ya están absorbiendo otro mercado muy importante del sector agroindustrial: el de las tecnologías de datos o “agricultura de precisión” (por ejemplo, las tabletas con aplicaciones que permiten definir con más precisión las zonas que deben ser fumigadas o sembradas).

Entre menos manos controlan el sector agroindustrial, más potentes se encuentran las empresas que se quedan y más influencia podrán tener sobre los campesinos y las campesinas, a quienes se busca imponer un modelo de producción dependiente de agrotóxicos, semillas mejoradas, híbridas comerciales y transgénicas, además de tecnologías de punta.

Por ello, el pasado 15 de mayo, en el marco del mes de la marcha mundial contra Monsanto, dedicamos nuestro seminario mensual a la fusión Bayer-Monsanto para recordar que en Otros Mundos A.C./Amigos de la Tierra México, defendemos el derecho de los campesinos y las campesinas a producir de forma agroecológica y de forma sostenible económicamente, sin depender de los insumos externos vendidos por las empresas transnacionales y reivindicamos el derecho de todas y todos a la salud y la soberanía alimentaria, a sembrar semillas campesinas y comer alimentos sanos.

“Pensamos que la agroecología es una estrategia política para seguir defendiendo nuestros territorios, nuestras semillas y nuestros conocimientos”, recordó Ángel Gómez de Otros Mundos A.C./Amigos de la Tierra México durante el evento. “Lo importante es decidir lo que nosotros comemos, lo que nosotros cultivamos y cómo lo cultivamos”, subrayó.

En México, Monsanto y Bayer están muy presentes. Comercializan plaguicidas y son las dos empresas que más solicitudes de liberación de semillas transgénicas han enviado a la Comisión Intersecretarial de Bioseguridad de los Organismos Genéticamente Modificados (CIBIOGEM) entre el año 2005 y el año 2017: Monsanto 379 y Bayer 168. De manera general, el Estado Mexicano no está del lado de la defensa de las semillas nativas, ya que de un total de 853 solicitudes recibidas por CIBIOGEM en dicho periodo, 595 han sido permitidas por CIBIOGEM, especialmente de algodón (308) y de maíz (194). [2]

Como bien señalamos en nuestro manual titulado “Agroecología y Agroforestería: Prácticas para una agricultura ecológica”, el principal problema que representan las semillas transgénicas es que las resistentes a los herbicidas implican el uso excesivo de estos productos. Los “Roundup Ready” son particularmente preocupantes porque el “Roundup” contiene glifosato, un agente tóxico que provoca cáncer. Además, tanto las semillas transgénicas como las semillas híbridas comerciales son una amenaza por la diversidad genética de nuestras semillas nativas ya que se reproducen con nuestras plantaciones de semillas nativas por medio de la polinización, lo cual pone en grave riesgo a los parientes silvestres y a la propia diversidad de los cultivos lograda con el gran trabajo y conocimiento de campesinas y campesinos del mundo.

La liberación de semillas transgénicas en el ambiente pone en peligro también a los campesinos y campesinas que pueden terminar siendo criminalizados por tener en sus parcelas semillas por las cuales no han pagado y que tienen dueño. Una situación que podría volverse común en México si el gobierno se adhiere a un convenio llamado UPOV 91. México y los otros 11 países de la región pacífica que firmaron el Tratado de Asociación Transpacífico (TPP 11) el 8 de marzo del 2018 están obligados a adherirse a este texto que pone el peligro el derecho de los campesinos y las campesinas a intercambiar y sembrar semillas.

Por ahora, México es adherente del convenio de la UPOV 78 en el que el “obtentor” de un objeto vegetal puede controlar su producción, puesta a la venta y comercialización. Lo que cambia con la versión 91, es que el “obtentor” controla su objeto vegetal durante mínimo 20 años y se requiere su autorización no sólo para la producción, venta y comercialización sino también para “la preparación a los fines de la reproducción o de la multiplicación” del objeto. Significa por ejemplo que un campesino que usa semillas concesionadas por un “obtentor” ya no podría recuperarlas de su cosecha para volver a sembrarlas, ni podría dárselas a un vecino o intercambiarlas con otras. Además podría ser criminalizado por practicar hibridaciones de plantas con las semillas del “obtentor” o por tener en su campo plantas nacidas de semillas del “obtentor” que el viento u otro polinizador le haya traído. [3]

Afortunadamente, en México está viva la lucha contra los planes de Monsanto, ahora Bayer-Monsanto. Desde septiembre del 2013, está suspendida la siembra de maíz transgénico en todo el país, gracias a los esfuerzos de la “Demanda Colectiva Maíz”, un grupo de abogados, científicos, campesinos y defensores de derechos humanos quienes emprendieron una batalla legal contra los permisos de siembra promovidos por la Secretaría de Agricultura, Ganadería, Desarrollo Rural, Pesca y Alimentación (SAGARPA), la Secretaría del medio ambiente y Recursos Naturales (SEMARNAT) y cinco transnacionales -Syngenta Agro, Dow Agrosciences de México, PHI México (Pioneer-Dupont), Monsanto Comercial, Semillas y Agroproductos Monsanto. Obtuvieron la implementación de una Medida Precautoria, que esas corporaciones buscan cancelar.

Otra lucha importante es la de las comunidades mayas de Hopelchén (Campeche) contra Monsanto Comercial S.A. de C.V., la cual ha sido victoriosa en términos legales, pero cuyos frutos no se han podido cosechar por la falta de voluntad política de las autoridades mexicanas. Así fue como en el 2015, la Suprema Corte de Justicia de la Nación resolvió a favor de las comunidades los amparos que habían interpuesto contra el permiso otorgado a la empresa para comercializar soya transgénica en su territorio ancestral. Ordenó la suspensión de dicho permiso y la realización de una consulta en las comunidades, pero ésta se ha llevado a cabo violando derechos colectivos (representantes han sufrido agresiones físicas y verbales por ejemplo). Además, en el 2017, las comunidades lograron que el Servicio Nacional de Sanidad, Inocuidad y Calidad Agroalimentaria (SENASICA) revoque el permiso otorgado a Monsanto para sembrar soya transgénica, pero ésta continúa en la región.

A pesar de haber sido absorbido por Bayer, Monsanto sigue bien presente en los territorios y como defensores y defensoras de los derechos colectivos, la diversidad de la semillas nativas y la soberanía alimentaria, no dejaremos de gritar: “¡Fuera Monsanto de México!”.

Notas:

[1]  Grupo ETC. 2015. Campo Jurásico: Syngenta, DuPont, Monsanto: la guerra de los dinosaurios del agronegocio (>> Descargar el informe)

[2] Daniel Sandoval Vásquez, Centro de Estudios para el Cambio en el Campo Mexicano, CECCAM. 2017. Treinta Años de Transgénicos en México. (>> Descargar el informe)

[3] Otros Mundos A.C./Amigos de la Tierra México. 2016. Urgente defender la libre circulación de las semillas campesinas en México, ante la amenaza del TPP.

Foto: Practicando agroecología en el municipio de Chenalhó, Chiapas (Crédito: Otros Mundos A.C./Amigos de la Tierra México)

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Fuente: Otros Mundos Chiapas

RADIO TEMBLOR: MANUAL DE AGROECOLOGÍA Y AGROFORESTERÍA: PRÁCTICAS PARA UNA AGRICULTURA ECOLÓGICA

Este manual “Agroecología y Agroforestería: Prácticas para una Agricultura Ecológica” fue elaborado en el 2013 por Otros Mundos A.C./Amigos de la Tierra México con el financiamiento de Amigos de la Tierra Internacional. Fue reeditado en junio del 2018 gracias al financiamiento de AJWS. Contiene herramientas basadas en los conocimientos tradicionales campesinos útiles para las y los que quieren tener prácticas agrícolas y agroforestales respetuosas de los ecosistemas y de la salud humana, a contracorriente de los métodos impuestos por las transnacionales.
Este manual fue publicado bajo la licencia Creative Commons. Pueden reproducirlo libremente, siempre y cuando mencionen los créditos y no lo comercialicen.

Ilustraciones: Moritz Binzer
Compilación: Adriana González, Ángel Gómez, M.P.R.
Revisión: Claudia Ramos y Tania González (Otros Mundos, A.C.)
Diseño: Jesús Godínez
San Cristóbal de las Casas, Chiapas
Primera edición: 2013
Segunda edición: junio 2018

Descargue aquí: Manual de Agroecología y Agroforestería: Prácticas para una Agricultura Ecológica

Fuente: Radio Temblor

Dialogo 2000: Señor presidente, ¿al servicio de quien está?

CARTA ABIERTA

Ing. Mauricio Macri

Presidente de la Nación

Señor presidente,

Le escribimos para recordarle, por las dudas, que el 20 de junio es el Día de la Bandera, símbolo por excelencia de nuestra Nación. Ya sabemos que le parecía inoportuna la lucha por la independencia. ¿Será que este año piensa pedirle perdón a la directora del FMI y todo el sistema de dominación neocolonial que ella representa y defiende?

No debe ser casual que justo un 20 de junio se espera la aprobación del FMI del Acuerdo preparado en inglés por su gobierno. Acuerdo que consagra de esa manera especialmente indignante, la entrega de nuestra soberanía como Nación, la vida y los derechos de todos sus pueblos, a la dictadura del Mercado. Acuerdo que debería ser tratado y rechazado por el Congreso de la Nación para no pisotear las Banderas de libertad, justicia e igualdad que, de todos modos, seguiremos levantando como pueblo argentino.

Ud. se ha olvidado, aparentemente, que juró defender la Nación y no los intereses de unos pocos. Porque el Acuerdo que gentilmente tradujeron al castellano en un gesto tan encomiable de transparencia, claramente compromete a su gobierno y al próximo, a “tomar todas las medidas necesarias” para asegurar el cumplimiento de su objetivo central que es, ni más ni menos, garantizar al dios Mercado y los poderes económicos locales y extranjeros que operan a través de él, que pase lo que pase continuarán cobrando sus abultados intereses sobre la Deuda pública. Igual como con el Acuerdo firmado por la Junta militar, encabezada por el genocida Videla, apenas dos días después del golpe de Estado de 1976.

El costo de este Acuerdo de sometimiento neocolonial será nefasto para la inmensa mayoría de quienes habitamos la Argentina. Traerá más pobreza, menos empleo, salarios y jubilaciones, mayor depredación y saqueo de nuestros bienes comunes, menos inversión en derechos humanos fundamentales como el agua, la salud, educación, vivienda y transporte para empezar. Ni que decir de más Deuda y la pérdida directa de nuestro derecho a la autodeterminación y de herramientas claves de cualquier política económica soberana.

Mientras tanto, deja sin tocar, o para un futuro lejano o no especificado, las causas principales de la situación actual, entre ellas la desregulación del movimiento de capitales, el estímulo a la especulación financiera y el extractivismo, la privatización de todo y la decisión de gobernar con Deuda.

Señor presidente, para resolver el problema de déficit que tanto desvela, no hace falta devolver a los especuladores el Fondo de Garantía de las jubilaciones, ni reducir la obra pública a lo “estrictamente necesario para mejorar la competitividad del país”, ni tercerizar a intereses privados la vigencia de nuestros derechos. Hace falta clausurar la fuga de capitales, cobrar impuestos a quienes más tienen y suspender el pago de la Deuda hasta completar una Auditoría integral que permita constatar su legalidad y legitimidad. Porque es la Deuda y su pago, que su gobierno ha aumentado vertiginosamente, lo que constituye el mayor factor “desequilibrante” y de riesgo.

El colmo de cinismo, sin embargo, es el intento de justificar este Acuerdo de Desguace Nacional señalando la existencia de una novedosa cláusula de protección a la población más vulnerable.  ¿Con qué cara pueden plantear como avance, el compromiso de mantener un piso para la asistencia social de 1,3% del producto nacional (incorporando ya los recortes legislados en diciembre, según la receta recibida entonces del FMI), mientras se dedica el Acuerdo entero a garantizar que se continuarán recortando los gastos e inversiones que tienen que ver con el bienestar de la población para aplicar todo que haga falta – hoy proyectado en casi el doble de ese monto – al pago de los intereses crecientes sobre una Deuda que tampoco cesa de multiplicarse y que cobra renovada ilegitimidad con cada día que pasa.

Señor presidente, en estos días aquí se ha hablado mucho de Islandia, pero poco de alguna de las diferencias más importantes entre ese país y el nuestro.  En medio de la crisis desatada en 2008, Islandia paró la pelota. Investigó la acumulación de Deuda y el rol de los grandes bancos y prestamistas, desoyó las recomendaciones del FMI y del G20 y rehusó pagar los reclamos que consideró fraudulentos. Echó sin reparos al Primer Ministro nombrado en los Panama Papers. De ese modo dio vuelta la situación, dando prioridad a los derechos de su pueblo y reencauzando las bases de su economía.Tan distinto a la experiencia de nuestro país, o de otros, como Grecia sin ir más lejos; tan claro que hay alternativas soberanas que ni su gobierno ni otros anteriores han tenido la voluntad de probar.

Rechazamos este Acuerdo y la insistencia de su gobierno en privilegiar a la Deuda y a los intereses del gran capital por sobre los Derechos de los Pueblos, que somos de verdad los únicos acreedores.  El desprecio que demuestra, además, a la integración regional como alternativa, y a las instituciones como la Unasur, la CELAC, el Mercosur que hay que fortalecer, no destruir. ¿Al servicio de quien está, Señor presidente?

Cuesta pedirle que recapacite, ya que hay demasiadas evidencias de su conformidad con este camino de empobrecimiento, saqueo y ultraje. Solo nos queda advertirle que tampoco asegurará los resultados que Ud. y su equipo afirman esperar, no solo por seguir un destino y las indicaciones equivocados sino además por la resistencia que el pueblo argentino seguiremos desplegando.

-Buenos Aires, 19 de junio de 2018

   Adolfo Pérez Esquivel      Nora Cortiñas     Mirta Baravalle       Beverly Keene      Coordinación Ncl.

    Premio Nobel de la Paz          Madres de Plaza de Mayo-L.F.           Coord. Diálogo 2000        SERPAJ

Fuente: Dialogo 2000

ALBA Movimientos: Salvadoreños protestaron por la privatización del agua

Los manifestantes denuncian proyecto de ley que busca otorgar a la empresa privada el control de la Compañía nacional de agua y saneamiento de El Salvador.

Miles de salvadoreños iniciaron una protesta este sábado para rechazar y solicitar a la Asamblea Legislativa que se abstenga de privatizar el agua.

Los manifestantes denuncian el intento de los partidos de derecha en el Congreso de privatizar el agua mediante una ley que busca otorgar a la empresa privada el control de la Compañía nacional de agua y saneamiento de El Salvador.

Los presentes marcharon bajo la consigna: “El agua no se vende y se defiende”.

La convocatoria estuvo a cargo de la Alianza Nacional Contra la Privatización del Agua y se llevó a cabo en una de las principales arterias de San Salvador.

El bloque de la derecha en el Congreso niega que se trate de una privatización, aunque promueve un proyecto de ley que posibilitaría a la gran empresa el control del ente rector del agua.

Fuente: www.telesurtv.net/

Fuente: ALBA Movimientos